quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Carceragem doméstica.



Passa no balanço geral: homem assalta e mata advogado. As senhoras que assistem pensam "Nossa, como o mundo está hoje! Não vou sair de casa nunca mais".
Quem sabe sobre os créditos e débitos do advogado?
Nada foi dito.
Nos prendem, nos amedrontam, tudo sem dar a menor explicação.
Se a senhora sair de casa, vai morrer. Se não sair, não vai viver.
Não há diferença.
Não existem só projéteis e lâminas por aí.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Suplicy e a crise no senado.

Andei tentando tirar fotos da lua cheia. Até que consegui umas legais.


Mandei hoje um e-mail para o senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Mandei um e-mail expressando minha admiração, meus sentimentos quando o vejo agir.
Os casos recentes do senado me fizeram feliz, me mostraram que o homem tem vontade de fazer justiça mesmo quando não há mais sinal de esperança. Suplicy abriu seu coração, pôs a raiva sincera para fora. Fez a corja imunda do senado rir, fez seus oposicionistas irados, e fez seus admiradores brilharem os olhos.
Suplicy é a personificação da política correta, eu disse no e-mail em que mandei. Não o julgo por estar ainda em um partido que afogou seus ideais faz tempo. O amor pelo partido não é fácil de largar. Só espero que Suplicy não se deixe levar pelo partido, como fez Lula, Genuíno, e recenemente Mercadantes.

sábado, 4 de julho de 2009

Acredite se quiser.


As religiões são fontes de esperança, são portos seguros. Se tornaram tão normais, que se nos dissermos ateus ou agnósticos, somos condenados ou vistos com maus olhos.
O que leva o ateu ao ateísmo?
Naturalmente, um ateu conhece o cristianismo. Ele não o adota pois não concorda com muitas de suas idéias, ou porque simplesmente não acredita na possibilidade de um deus existir.
O que leva o cristão ao cristianismo?
Dois casos. Ou o cristão se identifica com a religião e sente-se seguro com a mesma, ou, por influência de seus familiares e por medo de "ir para o inferno".

O primeiro caso é totalmente aceitável. Admiro até quem se baseia em religiões para viver seus dias e tratar as pessoas.
No segundo caso, temos um exemplo de hipocrisia, de demagogia.
Muitos ateus já leram a Bíblia. Eu, por exemplo, li o inteiro livro. Muitos cristãos não sabem nem quem foi Caim.
Muitos cristãos desrespeitam as leis de seu deus todos os dias da semana, e só lembram dele na hora de pedir proteção e uma vida melhor.
Muitos cristãos não sabem nem as últimas palavras de seu messias, Jesus.
Por que acolhem o cristianismo?
Eles não acolhem. Eles se sentem acorrentados, na obrigação de ter uma religião, caso o contrário, irão viver um inferno aqui, e quando morrerem.
Medo de ir para o inferno, medo de viver mal, até mesmo medo de um castigo.
Pois eu digo,
se Deus manda um canalha para o céu por ser cristão, e um honesto e bom homem para o inferno por ser ateu,
Deus é o maior picareta de todos.


sexta-feira, 19 de junho de 2009

Limitações culturais, ou melhor, ignorância!

Qualquer um pode ter raiva, desgosto, qualquer tipo de sentimento irado por quem se demonstra sarcasticamente ignorante em relação a algum assunto que nos interessa bastante.
O difícil é achar alguém que procure achar um motivo pra essa ignorância, que pode ser chamada de desrespeito.
A origem da ignorância, quando vem de pessoas pobres, não é do lugar onde mora, não é de sua família, não é da escola onde estudou, o buraco é mais embaixo.
Isso começa no antigo sistema colonial, quando terras foram tomadas por elites agrárias, mas não falemos sobre história agora, o que é mais curioso é que o ignorante não tem culpa da ignorância. Bom, tem um pouco, pois todos temos direito de adquirir cultura, basta se esforçar.

Com certeza o desrespeito é o problema mais grave do Brasil, mesmo não sendo presente em todos os estados, e ele provém da ignorância. Limitações e padronizações fazem as classes menos favorecidas agirem com desrespeito muitas vezes, o que faz as elites e autoridades as verem com maus olhos.

O desrespeito não envolve só palavras sujas e desagradáveis, envolve a criminalidade, a falta de ética, atos impulsivos. Não é uma coisa que atinge só as classes menos favorecidas, mas qualquer um com total desinteresse cultural. Não podemos generalizar, e não podemos julgar. Agora, por que atinge as elites também? Aí eu não sei.