domingo, 5 de setembro de 2010

Devaneios - Pt.1

A interpretação é a maior peça do quebra-cabeça. Interpretação. Seja onde for. A comunicação depende da interpretação. Os estudos dependem da interpretação, o trabalho, o entendimento de toda e qualquer informação. Uma engrenagem da sociedade, não só atualmente, mas sempre. O entendimento de minhas escrituras vai depender da tua interpretação, assim como as próprias relações sociais dependem da interpretação. A vida depende da interpretação. E, dependendo de qual for, terei uma original imagem da realidade. A realidade não muda. O que muda é a maneira como a olhamos. A interpretação constrói a realidade.

A construção de uma realidade é impulsionada em diversas etapas. Depois de uma cuidadosa avaliação a respeito dos fatores sociológicos, começa-se a ter uma visão da realidade. Em forma prematura, a imagem da realidade é perigosa. Em meio a equívocos, pode-se ir contra o que se julgaria certo, por conta de um julgamento errado. A personificação da realidade é outro equívoco. Não é um elemento com comportamento próprio e ações voluntárias. É uma construção universal, que envolve todo e qualquer fator de toda a vida. A mudança da imagem da realidade pode ser feita de diferentes formas. Pode ser alterada por toda a base estrutural, o que inclui sistemas políticos, econômicos, diplomáticos, etc; ou pela mudança do olhar pessoal. No primeiro exemplo, desmonta-se peças errôneas – no julgamento de quem as julga errôneas - da sociedade e coloca-se em seus devidos lugares. No segundo, o próprio individuo muda sua maneira de enxergar. O subjetivismo da realidade é interativo por essa causa. Podemos ver o que quisermos, ao longo do que nos permita.

Como eu disse, peças sociais são errôneas para quem as julga errôneas. Então embora a pessoalidade de toda a realidade seja boa por ser interativa, torna complicado o convívio social. A relatividade do certo e errado.

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